quinta-feira, 23 de abril de 2009

Companhias

Seiva Trupe (Teatro Vivo)


Há 35 anos, um grupo de jovens actores profissionais, entre os quais, António Reis, Estrela Novais e Júlio Cardoso, perante um teatro cada vez mais atrasado, devido ao rigor da ditadura e que afastava o público das salas de espectáculo, decidiram criar uma Companhia de Teatro que rompesse com todos os projectos culturais que vigoravam na altura e que criasse um teatro digno do público e da cultura portuguesa. Durante a sua existência o Seiva Trupe tem promovido, para além do teatro, outras actividades referentes à cultura como colóquios, recitais de música contemporânea, ciclos de cinema e diversos concursos de textos de teatro, prosa e poesia.
Desde de 1993 que é uma reconhecida instituição de utilidade pública, participou em inúmeros festivais quer no país quer no estrangeiro e, para além de impulsionador do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica) e da ACE (Academia Contemporânea do Espectáculo), já produziu 108 espectáculos, salientando que muitos receberam prémios importantes.




Teatro Art’Imagem

O Teatro Art’Imagem foi fundado em 20 de Agosto de 1981. Esta companhia que já percorreu todo o território nacional, participou em vário festivais de teatro e fez várias digressões ao estrangeiro; têm uma média de 120 representações por ano. Apresenta como objectivos a divulgação de autores contemporâneos, a revisitar um clássico e adaptar um autor universal.
Organiza, desde 1982, o 3º espectáculo mais antigo do país, o “Fazer a Festa – Festival Internacional de Teatro”, assim como o Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia, realizado todos os anos e dirige uma a “Oficina de Teatro da Maia”. Desde 2007 que realiza a semana da “Primavera do Teatro – Comemorações do Dia Mundial do Teatro”, com espectáculos, acções de formação e várias actividades com associações culturais e escolas do concelho da Maia.




TEP (Teatro Experimental do Porto)


A companhia teatral Teatro Experimental do Porto (TEP) foi fundada em 1950, no Porto, mas apenas estreou o seu primeiro espectáculo a 18 de Junho de 1953, no Teatro de Sá da Bandeira. A peça de inauguração foi composta por três peças em um acto ("A Gota de Mel", de Leon Chancerel, "Um Pedido de Casamento", de Anton Tchekov, e "A Nau Catrineta", de Egito Gonçalves), todas encenadas por António Pedro, primeiro director da companhia.
A criação da companhia foi iniciativa de um grupo de personalidades da cidade ligadas à cultura, como Manuel Breda Simões, Eugénio de Andrade e o arquitecto Luís Praça, que convenceram o escritor, artista plástico e homem do teatro António Pedro a ser director artístico.
No ano de 1960 António Pedro deixou a companhia, sendo substituído no cargo por João Guedes. O TEP entrou então num período de declínio. Apesar de, por altura do 25 de Abril de 1974, ter levado à cena o seu centésimo espectáculo, a companhia continuava a atravessar uma crise. Em 1979, vendeu o Teatro António Pedro, ficando sem um espaço próprio para apresentar espectáculos.
A partir de 1981, o TEP passou apresentar os seus espectáculos no antigo edifício da Escola Académica, no Porto, para o efeito renomeado Sala-Estúdio do TEP. Em Abril de 1994, um incêndio destruiu estas instalações, pelo que a partir de Maio desse mesmo ano a companhia passou a actuar no auditório da Casa das Artes, também no Porto. Esteve neste espaço até finais de 1996, passando depois pelo Teatro Sá da Bandeira e pelo Clube Fenianos Portuenses, onde ficou em 1998 e 1999.
Por não ter apoio da Câmara Municipal do Porto nem do Ministério da Cultura, o TEP propôs à Câmara de Gaia passar a sua sede para aquele concelho. A mudança ocorreu em 1999 e, em Julho desse ano, o TEP passou a apresentar os seus espectáculos no Auditório Municipal de Gaia. No Verão de 2003, por ocasião do 50.º aniversário de representações, o TEP foi consecutivamente distinguido, com medalhas de ouro, pelas câmaras do Gaia e do Porto. O TEP foi a primeira companhia de teatro portuguesa a atingir os 50 anos de actividade.



Teatro de Marionetas do Porto:


O Teatro de Marionetas do Porto constitui-se em 1988, congregando um grupo de pessoas amantes desta Arte, que assim davam continuidade de forma mais sistemática e organizada à actividade que já vinha sendo desenvolvida desde há vários anos atrás.
O projecto do TMP, centrado basicamente num núcleo de pessoas com experiências artísticas diversas, liga-se exclusivamente à produção de espectáculos no domínio das marionetas e das formas animadas. Numa das vertentes mais importantes do seu trabalho, o TMP dedicou-se ao estudo e recuperação de antigas formas de teatro português de fantoches, dos quais se salienta o Teatro Dom Roberto.
Por outro lado, novas experiências de criação foram encetadas, mais ao nível da marioneta de expressão contemporânea, que resultaram na apresentação de animação de objectos: Entre a Vida e a Morte. Em 1992, o TMP teve oportunidade de concretizar um dos seus projectos iniciais, talvez o mais ambicioso: a abertura de um teatro permanente de Marionetas na cidade do Porto, o Teatro de Belomonte, que representa também o primeiro espaço do género existente em Portugal.
No nosso país, e dentro do espírito de itinerância, o TMP tem realizado um programa de actuações regulares em diversas regiões, no âmbito dos acordos com a Secretaria de Estado da Cultura, autarquias, escolas, centros culturais e outras organizações.

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