Será Possível Resolver os Problemas do Teatro?
Para que se consiga salvar o teatro português têm de se começar por o essencial, o que dá vida ao teatro, o que o sustenta, ou seja, o público. A população deveria ser incentivada a frequentar o teatro desde tenra idade. Os pais e a comunidade escolar deveriam sensibilizar as crianças a gostarem de peças de teatro. Deveriam mostrar-lhes as várias opções que existem dentro do próprio mundo do espectáculo de modo a poderem tomar a decisão se apreciam ou não o teatro apenas após terem experimentado todas as suas versões, já que existem inúmeros tipos de peças, para todos os gostos e idades.
Outra situação que deveria ser alterada é o preço de bilheteira, que na maioria das vezes é excessivamente caro. A maior parte da população portuguesa neste momento não consegue pagar o preço exigido por pessoa para se assistir a uma peça, por isso, uma pessoa que já não tenha por hábito frequentar o teatro, mesmo que tenha vontade de ir experimentar vê-se impedido pelas suas limitações monetárias.
A não colaboração entre companhias e teatros não contribui para a melhoria das condições presentes em que o teatro se encontra. Estas pessoas, que no fundo se encontram no mesmo “barco” em vez de se entre ajudarem apenas pioram a situação que os envolve. Se em vez de cada um lutar sozinho para seu lado, se unissem e lutassem para o mesmo fim em conjunto teriam muito mais proveito final. Infelizmente, em especial os teatros já com algum renome, apenas se preocupam com eles próprios sendo por vezes até responsáveis pelo desaparecimento de algumas companhias mais pequenas que têm dificuldades em sobreviver.
A falta de fornecimento de subsídios por parte do Estado é mais uma agravante para este problema. É verdade que nós nos encontramos em crise financeira mas cortar os fundos a uma secção relevante da nossa cultura também não é solução, até porque, muita gente esquece-se disso, mas há pessoas na situação em que o seu emprego e sustento provém do teatro, por isso ao não dar estes fundos monetários ao teatro e aplicá-los em outros casos considerados mais urgentes e relevantes, por um lado ajuda uma parte da população, por outro deixa uma outra secção dessa mesma população na miséria e em situações precárias. O Estado Português deve criar infra-estruturas, suscitar condições favoráveis, mas não intervir no plano de criação. Deve reconhecer o Teatro como um serviço público e, como tal, assumir a responsabilidade sobre ele. É preciso que este reconheça a importância do trabalho já desenvolvido.
Em conclusão, se queremos manter vivo o teatro temos de educar desde cedo as crianças de modo a que elas olhem para o teatro como algo interessante e divertido e não uma “seca” sem piada nenhuma, as instituições do mundo do espectáculo têm de aprender a se entre ajudar pois a união faz a força, e o estado têm de ajudar (com esta ajuda seria muito mais fácil tornar os preços de bilheteira mais acessíveis) e proteger esta parte da nossa cultura pois feitas as contas acaba por dar emprego a muita gente.
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